Em Parauapebas, a atual gestão de Aurélio Goiano enfrenta não apenas os desafios de uma cidade carente do básico em áreas essenciais, como saúde, educação e infraestrutura, mas também uma expectativa quase mágica de soluções imediatas. Como se fosse possível resolver todos os problemas acumulados ao longo dos anos em menos de 70 dias.
A pressa por respostas foi evidente desde o primeiro dia de governo. Ainda na solenidade de posse, o vereador Sargento Nogueira fez suas primeiras críticas à nova administração, antecipando o tom que marcaria sua atuação na Câmara. Agora, com pouco mais de dois meses de gestão, ele segue com cobranças incisivas, como demonstrado na sessão desta terça-feira (11).
O requerimento da vereadora Maquivalda, solicitando a convocação do prefeito Aurélio Goiano à Câmara, chamou atenção por não apresentar indicações de melhorias nem buscar parcerias junto à Alepa, onde seu esposo, o deputado Braz, poderia atuar para ajudar na reconstrução da cidade.
O líder do governo na Câmara, Léo Márcio, considerou a solicitação precipitada, explicando que um requerimento semelhante já havia sido protocolado e que o prefeito tem o prazo de 15 dias para responder. A situação alimentou a percepção, presente nas redes sociais, de que alguns vereadores acreditam que os problemas da cidade poderiam ser resolvidos com um simples apertar de botão.
No calor do debate, Sargento Nogueira disparou: "A gente ficou sabendo que teve uma reunião com vereadores governistas, que botaram uma cortina de fumaça, e lá ele virou uma Gata Siamesa". A declaração gerou réplica imediata. O vereador Alex Ohana contestou: "Gostaria que o senhor provasse e me mostrasse, porque é fácil a gente estar acusando".
A postura de Nogueira oscila. No primeiro dia de governo, criticou a administração e, diante da repercussão, recebeu uma enxurrada de comentários mencionando que ele queria espaço no secretariado. Depois, apareceu em vídeos recebendo secretários em seu gabinete. Na sessão anterior, enviou um recado para a imprensa declarando que faria uma "oposição responsável". Agora, volta a cobrar incisivamente o prefeito, mesmo com apenas 70 dias de gestão.
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