Localizada estrategicamente no sul do Pará, Xinguara tem uma trajetória marcada pela ocupação de terras férteis e pelo crescimento impulsionado pelo agronegócio e infraestrutura. O município, que hoje se destaca como um dos polos econômicos da região, nasceu da construção da rodovia PA-279 e se consolidou como referência na pecuária e na produção agrícola.
A ocupação do território onde hoje está Xinguara começou na década de 1970, quando a abertura da rodovia PA-279 facilitou o acesso à região. Projetada durante o governo de Aloísio Chaves, a estrada ligaria São Félix do Xingu à PA-150 (atualmente BR-155), permitindo a chegada de colonos de diversas partes do Brasil em busca de terras produtivas.
O marco inicial da estrada foi fixado onde hoje se encontra a sede municipal, e o local passou a ser chamado de Entroncamento do Xingu, em 1976. Com o aumento da população, a prefeitura de Conceição do Araguaia iniciou um processo de urbanização e criou uma subprefeitura para administrar a nova localidade.
Em 13 de maio de 1982, através da Lei Estadual nº 5.028, Xinguara foi oficialmente emancipada, tornando-se município independente. Seu nome é resultado da fusão de dois importantes rios da região: Xingú e Araguaia. Desde então, a cidade atraiu agricultores e pecuaristas interessados no cultivo de arroz, milho, feijão, melancia, coco, mamão e banana, além da criação de bovinos.
O município de Xinguara é privilegiado por uma geografia diversificada. Com altitudes variando entre 150 e 540 metros, destaca-se a Serra da Viagem (ou do Caucho), um dos pontos mais altos da região. Sua hidrografia é marcada pelo Rio Araguaia, que delimita a fronteira com o estado do Tocantins, e por diversos afluentes, como o Ribeirão Água Fria e o Rio Vermelho.
A vegetação da cidade pertence ao bioma Amazônia, mas há também características do cerrado, como a presença de cajueiros e pequizeiros. O clima predominante é o equatorial superúmido (tipo Am, segundo a classificação de Köppen), com temperaturas médias de 26,35°C. O período chuvoso se estende de novembro a maio, e o índice pluviométrico anual gira em torno de 2.000 mm.
Conhecida como a “Capital da Carne Bovina do Sul do Pará”, Xinguara consolidou sua economia no agronegócio. O município abriga um dos maiores rebanhos bovinos do estado, com mais de 500 mil cabeças, e se destaca na produção de carne e leite. A cidade conta com quatro frigoríficos que exportam cerca de 20 mil toneladas de carne mensalmente para diversos mercados, além de um curtume que destina 80% de sua produção para Europa e Ásia.
Além do agronegócio, o setor educacional também impulsiona a economia local. A presença de universidades, faculdades e escolas técnicas fomentou o comércio imobiliário e a demanda por bens de consumo. A Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) oferece cursos estratégicos, como veterinária e zootecnia, preparando profissionais para o mercado regional.
Xinguara também possui atrações turísticas e eventos de grande porte. A Praia do Pontão, localizada no Distrito de São José do Araguaia, é um dos principais cartões-postais da cidade. Com suas águas cristalinas e uma paisagem encantadora, atrai visitantes de diversas regiões do país, especialmente entre junho e agosto.
Outro evento de destaque é a Feira Agropecuária de Xinguara (FAX), que reúne setores do agronegócio, comércio e indústria. A feira apresenta novas tecnologias para o setor agropecuário e conta com a Cavalgada Ruralista, reconhecida como a segunda maior do país em número de animais e espectadores.
Com uma economia sólida e infraestrutura em constante crescimento, Xinguara segue como um dos municípios mais promissores do Pará. A cidade equilibra o avanço econômico com a preservação ambiental, garantindo seu papel como referência no desenvolvimento sustentável da região.
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