Em uma sessão extraordinária realizada nesta quinta-feira (16), a Câmara Municipal de Parauapebas (CMP) aprovou o Projeto de Lei nº 01/2025 e as emendas modificativas enviadas pelo Poder Executivo. O PL prevê a majoração de cargos comissionados e a alteração dos vencimentos de secretários municipais adjuntos. A votação foi marcada por debates acalorados entre os vereadores e manifestações da plateia.
Alterações nas estruturas administrativas
A Emenda Modificativa nº 01/2025, incluída no projeto, reduz os vencimentos dos secretários municipais adjuntos de R$ 18.409,32 para R$ 14.572,00, enquanto a Emenda Supressiva nº 02/2025 mantém o cargo de “Coordenador Municipal de Regularização Fundiária”. O PL também prevê o aumento no número de cargos comissionados em várias categorias, totalizando 585 novas vagas, além da extinção de dois cargos de adjunto.
As mudanças incluem, por exemplo, um aumento significativo no quantitativo de cargos como Assessor Especial em diferentes níveis. Entre os cargos mais ampliados estão o Assessor Especial VI e o Assessor Especial VIII, ambos com 80 e 90 novos cargos, respectivamente.
Segundo o prefeito Aurélio Goiano, a reorganização administrativa visa “tornar os órgãos públicos mais eficientes, melhorando a gestão e os serviços prestados à população.”
Debate acirrado e polêmica na votação
Durante a sessão, os vereadores se dividiram entre apoio e críticas ao projeto. Fred Sanção (PL) rebateu alegações de que o projeto prejudicaria servidores do Processo Seletivo Simplificado (PSS), destacando que os cargos criados são exclusivamente comissionados. Ele também respondeu à vereadora Maquivalda, esposa do deputado Brás, que criticou o impacto financeiro do projeto e o classificou como “imoral”. Segundo Sanção, “na gestão passada, gastos maiores não foram questionados”.
Alex Ohana enfatizou o impacto positivo da medida na economia local, argumentando que os novos cargos serão ocupados por moradores da cidade, o que deve gerar mais circulação de dinheiro no comércio e estimular o desenvolvimento econômico.
Por outro lado, vereadores como Sargento Nogueira, Zé do Bode e Érica Ribeiro votaram contra o projeto. Nogueira, vaiado pelo público presente, criticou a falta de um diagnóstico financeiro detalhado da prefeitura. “O governo tem apenas 16 dias, ainda não sabe a real situação das contas públicas”, afirmou.
A votação final resultou em 12 votos favoráveis e 3 contrários. Com a aprovação, o projeto e as emendas serão encaminhados para sanção do prefeito.
Repercussões e próximos passos
Apesar da aprovação, o projeto continua gerando debate na comunidade local. Muitos questionam a necessidade de aumentar o número de cargos em um momento de incerteza econômica. Já os apoiadores defendem a medida como essencial para modernizar a gestão pública e estimular o crescimento da cidade.
A aprovação do PL nº 01/2025 reforça o início de uma gestão marcada por mudanças administrativas significativas.
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