Com a elevação do salário mínimo para R$ 1.518 neste mês de janeiro, os Microempreendedores Individuais (MEIs) enfrentam um novo desafio financeiro: o aumento da contribuição mensal. A partir de fevereiro, o Documento de Arrecadação Simplificada (DAS), tributo obrigatório para os MEIs, passará a custar R$ 75,90, valor correspondente a 5% do novo salário mínimo, conforme previsto na legislação.
Embora esteja em conformidade com as normas legais, o reajuste tem gerado insatisfação entre os pequenos empreendedores, que já lidam com as dificuldades de manter seus negócios em meio a um cenário econômico instável. Para muitos, o aumento agrava a pressão sobre o fluxo de caixa e limita ainda mais a capacidade de crescimento.
Giovanna Caetano, microempreendedora de 26 anos, critica o impacto do reajuste. “O retorno para quem atua como MEI é limitado, e esse reajuste anual não reflete uma melhoria no apoio aos empreendedores. Com os acréscimos, cada centavo se torna significativo. Para pequenos negócios, onde cada real conta, esse aumento dificulta manter um fluxo de caixa saudável, principalmente em tempos de incertezas econômicas”, afirma.
Além do impacto financeiro imediato, muitos MEIs argumentam que os aumentos anuais não são acompanhados de benefícios diretos, como acesso facilitado a crédito, suporte técnico ou desburocratização dos processos. Diante disso, diversos empreendedores pedem que o governo reveja as políticas voltadas ao setor, priorizando iniciativas que promovam o crescimento e a sustentabilidade dos pequenos negócios.
O reajuste reacende discussões sobre o papel do Estado em equilibrar as demandas fiscais com o incentivo ao empreendedorismo. Especialistas apontam que, embora as contribuições dos MEIs sejam essenciais para a arrecadação pública, é necessário criar mecanismos que garantam maior apoio a esse segmento crucial para a economia brasileira.
Enquanto aguardam por mudanças, os MEIs seguem buscando alternativas para superar os desafios financeiros e manter suas operações em dia, reforçando sua resiliência em um mercado cada vez mais competitivo.
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