Uma mulher de 38 anos foi presa no dia 18 de novembro, em Praia Grande, litoral de São Paulo, sob a acusação de tentar vender o próprio filho, um bebê de apenas um ano, por R$ 1,2 mil. A mãe foi abordada pela Polícia Militar (PM) enquanto carregava uma bolsa contendo fraldas e uma mamadeira com pinga.
O caso chamou a atenção de moradores e turistas, que acionaram as autoridades. Glauce Abdalla, advogada e presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da OAB de Araras (SP), testemunhou o ocorrido. Em entrevista ao G1, ela relatou que estava na praia com a família quando percebeu a movimentação em torno da mulher, que “chacoalhava” o menino no colo de forma suspeita. “Foi um caso bem marcante”, afirmou Glauce, que também ouviu de outras três mulheres que a mãe havia tentado vender o bebê.
De acordo com a Polícia Militar, a mulher estava aparentemente alcoolizada e recolhendo latas de alumínio na praia. O soldado Raphael Freitas, que atendeu à ocorrência, informou que a criança estava suja de areia e apresentava sinais de maus-tratos, como desidratação e insolação.
“Quando abrimos a mamadeira, constatamos que havia pinga dentro. Lavamos o rosto da criança com água fornecida pelos turistas”, explicou o policial. Durante a ação, Glauce Abdalla auxiliou a PM a retirar o bebê da mãe, que foi algemada e conduzida à Central de Polícia Judiciária (CPJ).
O menino foi encaminhado ao Pronto-Socorro Geral de Praia Grande, onde passou por atendimento médico. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o caso foi registrado como maus-tratos e resistência. Não foram encontrados indícios de que a criança tenha ingerido álcool.
Após receber alta do hospital, o bebê foi entregue ao Conselho Tutelar e levado a um abrigo por conselheiras. A mãe segue detida, e as autoridades responsáveis investigam as circunstâncias do caso.
O caso gerou grande indignação e alerta para a vulnerabilidade de crianças em situações de negligência e abuso. “Esse tipo de situação reforça a necessidade de proteção urgente às crianças em risco”, destacou Glauce Abdalla.
A investigação segue em andamento, enquanto a criança permanece sob os cuidados do abrigo até que o caso seja avaliado judicialmente.
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