Documentário sobre Ayrton Senna gera polêmica ao excluir Adriane Galisteu e reacende discussões sobre relação com a família do piloto

O recente lançamento da minissérie “Senna” pela Netflix, que estreou em 29 de novembro de 2024, trouxe à tona uma série de controvérsias, especialmente relacionadas à representação das relações pessoais do tricampeão mundial de Fórmula 1, Ayrton Senna. A produção, que se propõe a narrar a trajetória do piloto desde os primeiros dias no kart até sua trágica morte em 1994, tem sido criticada por omitir ou minimizar aspectos significativos de sua vida pessoal, notadamente seu relacionamento com Adriane Galisteu, última namorada de Senna.

De acordo com informações divulgadas, a família de Ayrton Senna, particularmente sua irmã Viviane Senna, teria exercido influência significativa sobre o conteúdo da série. Fontes indicam que Viviane solicitou à Netflix que qualquer menção a Adriane Galisteu fosse excluída da produção, refletindo uma desaprovação histórica da família em relação ao relacionamento dos dois. Essa desaprovação não é recente; desde o início do namoro, os parentes de Senna acusavam Galisteu de buscar fama e benefícios financeiros com o relacionamento.

A decisão de minimizar a presença de Galisteu na série resultou em sua aparição por menos de três minutos ao longo dos seis episódios. Em contraste, outros relacionamentos de Senna, como com a apresentadora Xuxa Meneghel, receberam destaque mais significativo, com Xuxa sendo protagonista de um dos episódios.

A exclusão de Galisteu não passou despercebida pelo público e pela mídia. Nas redes sociais, internautas expressaram descontentamento, comparando a atitude da família Senna a práticas aristocráticas antigas, onde relacionamentos eram moldados para preservar o status e o prestígio. A tentativa de apagar Galisteu da narrativa acabou por destacá-la ainda mais, tornando-a um dos assuntos mais comentados na mídia brasileira. A apresentadora recebeu ampla solidariedade, e muitos clamam pelo reconhecimento de seu papel na vida do piloto.

Em resposta à polêmica, Adriane Galisteu se pronunciou, afirmando: “Minha relação com ele foi no último ano e meio de sua vida. No entanto, foi ao meu lado, e essa história também me pertence. E foi também uma história vivida intensamente, cheia de amor, cheia de diversão. Um Ayrton completamente diferente do que vocês viram antes.”

Além disso, o jornalista Luiz Andreoli, amigo de Senna, revelou que a família do piloto chegou a elaborar um dossiê sobre Galisteu e entregou ao piloto, evidenciando a desaprovação familiar em relação ao namoro.

A controvérsia em torno da minissérie “Senna” levanta questões sobre a influência de familiares na construção de narrativas biográficas e a importância de representar de forma fiel e completa as relações pessoais de figuras públicas. A tentativa de omitir aspectos significativos da vida de Ayrton Senna não apenas prejudicou a credibilidade da produção, mas também destacou a resiliência e a importância de Adriane Galisteu em sua trajetória.

Este episódio serve como um lembrete de que, em tempos de acesso fácil à informação, esforços para manipular ou suprimir partes da história são frequentemente contraproducentes. A verdade tende a prevalecer, e aqueles que buscam apagá-la podem acabar enfrentando consequências inesperadas. Adriane Galisteu, por sua postura discreta e coração generoso, conquistou apoio espontâneo, provando que estar do lado certo da história é, muitas vezes, o suficiente para que a justiça seja feita.