Homem ligado a carro com explosivos em Brasília fez ameaças e mencionou explosões nas redes sociais

Francisco Wanderley Luiz, identificado como o proprietário do carro que pegou fogo no estacionamento da Câmara dos Deputados e continha explosivos, já havia feito ameaças a autoridades e referências a explosões em suas redes sociais. Conhecido como Tiü França no ambiente virtual, ele também possui um histórico de envolvimento político, tendo se candidatado a vereador em Rio do Sul, Santa Catarina, nas eleições municipais de 2020, quando obteve apenas 98 votos e não foi eleito.

Em uma de suas postagens mais recentes, Francisco ameaçou a Polícia Federal, dando um prazo de “72 horas” para “desarmar a bomba” e mencionando a casa de políticos e autoridades. Ele também fez alusões a um “grande acontecimento” programado para o dia 13 de novembro, esta quarta-feira. A série de publicações inclui ainda referências a generais, políticos e órgãos como a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Uma das imagens divulgadas por Francisco mostra o homem dentro do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), acompanhado da legenda: “Deixaram a raposa entrar no galinheiro”. Segundo fontes do STF, a foto foi tirada em 24 de agosto, embora a data não esteja especificada na postagem. Em outra imagem, ele aparece com uma taça de vinho em mãos.

Nesta quarta-feira, duas explosões ocorreram em frente ao STF, na Praça dos Três Poderes, com um intervalo de apenas 20 segundos entre elas. Um homem morreu no local em decorrência de uma das explosões. O episódio aconteceu em uma região de alta segurança, localizada entre o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, elevando as preocupações sobre ataques coordenados e ameaças à segurança das instituições democráticas.

As investigações estão em andamento, e as autoridades não descartam a possibilidade de conexão entre as publicações de Francisco Wanderley Luiz e os eventos desta quarta-feira. O caso mobiliza os principais órgãos de segurança do país, que buscam esclarecer o contexto dos ataques e evitar novos incidentes.