O mercado físico do boi gordo registrou uma forte elevação nos preços nesta quarta-feira (18), refletindo o aumento da demanda internacional. Segundo especialistas, a tendência de alta deve se manter no curto prazo, impulsionada pela alta procura de carne bovina no mercado externo e pela oferta restrita no mercado interno.
Fernando Henrique Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado, destaca que o cenário atual das escalas de abate segue apertado, o que reforça a perspectiva de novas elevações de preços. "Mesmo com a oferta limitada, os frigoríficos estão operando sem maiores ociosidades, o que reflete a demanda aquecida, especialmente no segmento de exportação", explica Iglesias.
A demanda externa por carne bovina tem sido uma das principais variáveis para justificar o aumento acelerado dos preços, especialmente com o grande volume exportado neste ano. Em agosto, essa tendência se intensificou, levando os preços da arroba a patamares elevados.
Preços Médios da Arroba por Estado
- São Paulo: R$ 264,25
- Goiás: R$ 254,11
- Minas Gerais: R$ 252,94
- Mato Grosso do Sul: R$ 266,68
- Mato Grosso: R$ 231,62
Mercado Atacadista: Alta Limitada pela Concorrência
No atacado, os preços da carne bovina também registraram aumento, embora de forma mais moderada. A expectativa é que haja menos espaço para novos reajustes nos próximos dias, principalmente devido a uma demanda mais contida na segunda metade do mês.
"A carne bovina tem perdido competitividade em relação às proteínas concorrentes, especialmente o frango", comenta Iglesias. Atualmente, o quarto traseiro está sendo negociado a R$ 19,50 por quilo, enquanto o quarto dianteiro teve um pequeno aumento, chegando a R$ 15,15 por quilo. A ponta de agulha permanece estável em R$ 15,00 por quilo.
Câmbio: Dólar Fecha em Queda
O dólar comercial encerrou o dia com uma leve desvalorização de 0,47%, sendo negociado a R$ 5,46 para venda. A oscilação da moeda norte-americana variou entre R$ 5,41 e R$ 5,49 durante a sessão, refletindo a volatilidade do cenário econômico global.
Essa queda no câmbio pode impactar diretamente os custos de exportação, facilitando ainda mais as vendas externas de carne bovina, o que reforça o movimento de alta no mercado interno.
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