ALERTA SOBRE ALERGIA A FRUTOS DO MAR: ENTENDA OS RISCOS E COMO SE PREVENIR

 

Após o trágico falecimento de Pérsio Palácio, mais conhecido como Pérsio do Capela, uma figura amplamente reconhecida em Canaã dos Carajás, em decorrência de uma reação alérgica após a ingestão de camarão, a equipe do Fala Sério buscou mais informações para conscientizar seus leitores sobre os riscos associados à alergia a frutos do mar.

 

 

A alergia a frutos do mar pode se manifestar em qualquer fase da vida, não sendo necessariamente identificada no primeiro contato com esses alimentos. Algumas pessoas, apesar de consumirem regularmente frutos do mar sem problemas, podem desenvolver uma reação alérgica de forma repentina em determinado momento da vida. Este é um alerta especialmente para quem já possui predisposição a alergias, como rinite, asma ou outras condições respiratórias. Indivíduos com essas características fazem parte do grupo de risco e têm maior probabilidade de desenvolver alergia a camarão e outros frutos do mar.

 

 

Em casos de reações alérgicas leves, o uso de antialérgicos pode ser suficiente. No entanto, para aqueles que sofrem de alergia grave a frutos do mar, a recomendação médica pode incluir o uso de um dispositivo de autoaplicação de adrenalina, como a caneta EpiPen. Este dispositivo é de fácil manuseio, sendo essencial em situações de emergência, especialmente quando o atendimento médico está distante.

 

 

Não. A alergia a camarão pode se desenvolver ao longo da vida, principalmente em adultos. Pessoas com outras alergias, como rinite ou asma, são mais propensas a desenvolver essa condição.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, não há necessidade de evitar frutos do mar, desde que estejam inseridos na dieta familiar. É sempre recomendável acompanhar qualquer novo alimento introduzido na dieta de crianças com condições alérgicas.

Não. Lagosta e camarão são crustáceos que contêm a proteína tropomiosina, a principal responsável pelas reações alérgicas. Portanto, quem é alérgico a camarão deve evitar também outros crustáceos, como lagosta e caranguejo.

Não. Embora frutos do mar contenham iodo, a alergia a esses alimentos não está associada a uma alergia ao iodo. Exames que requerem o uso de contraste iodado podem ser realizados com segurança.

Infelizmente, a alergia a frutos do mar é crônica, ou seja, persiste por toda a vida. A melhor maneira de evitar reações graves é evitar completamente o consumo desses alimentos.

 

 

Para um diagnóstico preciso, é recomendável a realização de um teste cutâneo (Prick Test), onde diferentes substâncias são aplicadas na pele para identificar possíveis reações alérgicas. Além disso, exames de sangue podem verificar os níveis de anticorpos IgE específicos. Confirmada a alergia, é crucial evitar o consumo de frutos do mar, especialmente em ambientes fora de casa ou durante viagens.

 

 

A alergia a frutos do mar exige atenção constante. Ao perceber os primeiros sintomas de uma reação alérgica, procure atendimento médico imediatamente. Esteja sempre preparado, especialmente em locais onde o acesso à assistência médica pode ser limitado.

 

Se você tem dúvidas sobre alergias ou busca mais informações, acompanhe nosso blog e deixe suas perguntas nos comentários. Para diagnósticos e tratamentos específicos, o Serviço de Alergia da Policlínica de Botafogo oferece suporte completo para pacientes.