Aos 41 anos, Suzane Louise Magnani Muniz, ex-Richthofen, condenada a 40 anos de prisão pelo assassinato dos pais em 2002, busca um novo capítulo em sua vida. No último domingo, ela prestou concurso público para o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), com o objetivo de se tornar escrevente judiciária, cargo que exige apenas o ensino médio completo, grau de escolaridade que Suzane já possui.
O cargo de escrevente, conforme o edital 01/2024 do TJSP, envolve diversas responsabilidades administrativas e técnicas dentro do tribunal, como a organização dos serviços internos, acompanhamento de processos e atendimento ao público. Além disso, o profissional é responsável pela elaboração e conferência de documentos, controle do material de expediente e deve estar sempre atualizado com a legislação vigente. Caso seja aprovada, Suzane poderá atuar em Bragança Paulista, cidade que escolheu durante sua inscrição.
Se contratada, Suzane receberá um salário mensal de R$ 6.043. Uma questão sensível é que, como funcionária do Judiciário, ela teria acesso ao seu próprio processo de execução penal, podendo, dentro de sua função, consultá-lo ou até mesmo movimentá-lo durante o expediente.
Suzane foi condenada em 2006 pelo homicídio de seus pais, Manfred e Marísia von Richthofen, crime que comoveu o país. Atualmente, ela cumpre pena em regime semiaberto, o que a permite sair da prisão para estudar e trabalhar. Sua participação no concurso para o TJSP reacende o debate sobre a reintegração de condenados à sociedade e a questão ética envolvendo cargos públicos e pessoas com histórico criminal.
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