FAB apresenta relatório preliminar sobre queda de avião da Voepass que matou 62 pessoas

Nesta sexta-feira (6), a Força Aérea Brasileira (FAB) apresentará o relatório preliminar do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), contendo informações sobre a queda do avião da Voepass que resultou na morte de 62 pessoas, no dia 9 de agosto, em Vinhedo, São Paulo. O documento marca a primeira divulgação oficial sobre o acidente e é considerado crucial para a segurança da aviação.

De acordo com informações obtidas pela CNN, o relatório explicará os eventos ocorridos durante o voo, mas os fatores específicos que provocaram a queda da aeronave ATR-72 serão analisados em uma segunda fase da investigação. A divulgação preliminar é vista como um passo essencial para mitigar riscos futuros na operação do modelo envolvido.

Na segunda etapa, será realizada a identificação dos chamados “fatores contribuintes” que levaram ao acidente. A previsão é que o relatório final seja concluído em até um ano.

Investigações paralelas

Além da investigação conduzida pela FAB, a Polícia Civil de Vinhedo e a Polícia Federal (PF) também estão realizando suas próprias apurações. A Polícia Civil foca em identificar as causas do acidente, enquanto a PF investiga possíveis responsabilidades criminais.

Dois laudos são considerados fundamentais para a investigação. O primeiro, que deve ser concluído até 90 dias após o acidente, inclui um conjunto de fotos que ajudará a compreender o contexto da queda e a posição final da aeronave. O segundo laudo, que será produzido em conjunto com o Cenipa, incluirá testes e exames detalhados, além de análises dos destroços, motores e das caixas-pretas.

As investigações seguem sob sigilo de justiça.

O acidente

O voo 2283 da Voepass partiu de Cascavel (PR) com destino ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. A aeronave caiu em uma área de um condomínio em Vinhedo, causando a morte de todos os ocupantes.

As causas do acidente e eventuais falhas operacionais ainda estão sendo apuradas pelas autoridades responsáveis.

(Com informações de Jussara Soares e Leonardo Ribbeiro, da CNN)