Em uma decisão controversa e surpreendente, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decretou na última segunda-feira que as celebrações natalinas no país serão oficialmente adiantadas para o dia 1° de outubro. O anúncio foi feito durante um programa de auditório semanal, apresentado pelo próprio Maduro, em meio a uma plateia que assistiu ao líder chavista justificar sua decisão.
“Está chegando setembro e se diz: ‘Setembro já cheira a Natal’”, declarou Maduro. “Por isso, este ano, em homenagem a vocês, em agradecimento a vocês, vou decretar o adiantamento do Natal para 1° de outubro. Começa o Natal em 1° de outubro para todos e todas. Chegou o Natal com paz, felicidade e segurança”, completou.
A decisão de Maduro ocorre em um momento de elevada tensão no país, que já vive uma profunda crise política e econômica. As eleições presidenciais realizadas em 28 de julho deste ano continuam a ser um ponto de discórdia, com a oposição e grande parte da comunidade internacional questionando a legitimidade da reeleição de Maduro.
Para muitos críticos, o decreto presidencial parece mais uma tentativa de desviar a atenção dos graves problemas enfrentados pela população venezuelana, sendo visto até como uma espécie de chacota diante do sofrimento vivido pela nação. O país enfrenta uma inflação descontrolada, escassez de alimentos e medicamentos, além de uma migração em massa de seus cidadãos em busca de melhores condições de vida em outros países.
O adiantamento das festividades natalinas, em meio a um cenário tão conturbado, foi amplamente criticado por diversos setores da sociedade, que enxergam na medida um completo descaso com as reais necessidades do povo venezuelano. Enquanto o governo busca criar um clima de “paz, felicidade e segurança”, a realidade nas ruas do país conta uma história bem diferente, marcada por incerteza, desespero e instabilidade.
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