Gravataí, uma cidade na região metropolitana de Porto Alegre, está no centro de uma controvérsia que envolve a inauguração de uma estátua de Lúcifer, marcada para o dia 13 de agosto. O monumento, que custou cerca de R$ 35 mil, foi encomendado pela Nova Ordem de Lúcifer na Terra, uma organização religiosa local. Com 5 metros de altura e pesando aproximadamente uma tonelada, a estátua será a maior do Brasil dedicada à figura de Lúcifer, segundo informações divulgadas pelo grupo.
A Nova Ordem de Lúcifer na Terra, composta por cerca de 100 integrantes, principalmente do Rio Grande do Sul, afirma que a criação do monumento tem como objetivo sinalizar um espaço destinado ao culto de demônios. O grupo, que se reúne duas vezes por mês, adota um processo seletivo rigoroso, no qual novos membros só podem ser admitidos por indicação de alguém já pertencente à ordem.
Embora a localização exata da estátua ainda seja mantida em segredo pelos integrantes da ordem, para evitar possíveis atos de vandalismo, a notícia da inauguração gerou uma grande repercussão na cidade. A polêmica foi tão intensa que a prefeitura de Gravataí emitiu uma nota oficial nas redes sociais, esclarecendo que não tinha conhecimento prévio da criação do santuário dedicado a Lúcifer e que não há qualquer vínculo ou financiamento público envolvido no projeto.
A divulgação da inauguração também trouxe consequências preocupantes para os membros da Nova Ordem de Lúcifer na Terra. Após a notícia se espalhar, alguns integrantes do grupo começaram a receber ameaças, inclusive de morte, por meio da internet. Em resposta, a organização religiosa reafirma que seu objetivo é desmistificar o culto aos demônios, alegando que, em sua visão, o mal não reside na divindade, mas nas ações das pessoas. O trabalho da ordem seria voltado, segundo eles, para “rituais de cura, amor e prosperidade”.
A estátua, feita em cimento, foi concebida para representar a dualidade entre o humano, a divindade e o esqueleto, com detalhes como pés e asas. A inspiração para o projeto surgiu de um sonho de um dos integrantes do grupo, segundo informações divulgadas pela ordem.
A situação em Gravataí segue gerando debate, com questões de liberdade religiosa e respeito à diversidade cultural no centro das discussões. Enquanto isso, o futuro do monumento e a resposta da comunidade local continuam sendo acompanhados de perto.
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